sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Relembrando um bom tempo...

Não, eu não sou mais aquela pequena criança indefesa e inocente. Foi-se o tempo em que meus problemas se resumiam em não ter com quem brincar ou ter que ficar dentro de casa porque a chuva caia do lado de fora. É, o tempo foi passando, a responsabilidade aumentando e os problemas se complicando.
A vida vai seguindo e vai nos mostrando novos caminhos, novas pessoas, novas opções, novos pensamentos. Com isso, nós vamos sendo moldados, vamos nos adequando a essas novidades. Até que chega um momento em que viramos pessoas completamente diferentes do que costumávamos ser. Isso é completamente natural, é o que chamamos de amadurecer. Seria algo muito fácil de lidar, o amadurecimento, não fosse o fato de que quando amadurecemos, muitas vezes deixamos de lado as coisas simples da vida.
Lembra-se de quando você ganhava um brinquedinho qualquer no seu aniversário? Muitas vezes era algo extremamente bobo, como uma simples bola ou uma bonequinha, mas arrancava-lhe sorrisos durante um bom tempo, não é mesmo? E quando você ia até o shopping para ver o Papai Noel, lembra disso? Você provavelmente sabia que aquele era apenas um homem fantasiado, mas a magia do momento de contar seus desejos para ele fazia com que seu coração pulasse de emoção e alegria, não é? Aposto que você já acordou no meio da noite, assustado porque teve um pesadelo horrível, e foi deitar no quarto dos seus pais. Era uma delícia fazer isso, não era? Lembra da primeira vez que você foi para a escola e chorou com saudades da sua mãe? E do seu primeiro tombo, que fez um machucado imenso, que você achava que não ia sarar nunca? E aquele amigo da escola, que você brigou e jurou que não falaria mais com ele, mas que cinco minutos depois já era seu melhor amigo novamente, lembra dele? Lembra de quando tudo era mais fácil, de quando as pessoas eram mais fáceis de lidar, de quando o fim do mundo para você era perder a hora do seu desenho favorito? Infelizmente, tudo isso ficou para trás. Hoje são apenas vestígios, que estão guardados em uma caixinha, na nossa memória, chamada infância.
Talvez, nossas melhores lembranças estejam guardadas nesta caixa, mas isso não significa que não possamos revê-las. Sempre que tiver um tempinho, ou a saudade bater forte no peito, não hesite e abra esta caixinha. Reviva cada momento, cada sensação, cada emoção e lembre-se de como a simplicidade das coias pode ser tão bela e revigorante.

(por Michelle Cardoso)

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